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20º FNESP – mais do que um evento, uma imersão numa nova demanda do mundo do trabalho

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

09/10/2018 04:39:51

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***
“Os efeitos da Quarta Revolução Industrial devem ser o resultado de mais cooperação e menos competição entre os países, da união de recursos humanos e financeiros em favor de uma civilização que partilha de um mesmo destino.” (Thomas Philbeck, World Economic Forum)
Foi um autêntico sucesso o 20º Fórum Nacional do Ensino Superior – FNESP, promovido pelo Semesp e realizado em São Paulo, nos dias 27 e 28 de setembro passados. Foi abordado como tema central a 4ª Revolução Industrial, atualmente preocupação de todos. Nada mais oportuno que começar com a palestra do emérito professor José Pastore, que, bem ao seu estilo, deu nos uma visão sobre os desafios que esperam o mundo educacional para atender a formação para o trabalho diante das transformações da tecnologia, dos ambientes e da sociedade. A síntese de sua inquietude estava expressa na tese de seu questionamento: “Como será o trabalho do futuro?”. Desnecessário dizer de sua capacidade avaliativa de refletir sobre o vem por aí. Quem se interessar mais pelo assunto, siga o link com 13 slides que bem demonstram as preocupações do painelista. É de se surpreender: clique aqui. A Quarta Revolução Industrial surge para a sociedade em uma perspectiva global, em sua escala, escopo e impacto de complexidade, diferente de tudo que já experimentamos anteriormente. O crescimento exponencial das tecnologias e suas aplicações emergentes em áreas como inteligência artificial, robótica, internet das coisas, nanotecnologia, biotecnologia, ciência de materiais, armazenamento de energia e computação quântica são sem precedentes, transformando setores da sociedade civil, em especial a educação. Com esse eixo, o Fórum impactou os participantes com foco no aprofundamento e na compreensão de conhecimentos. Uma das palestras que ampliou bastante essa perspectiva foi a do chefe dos Estudos de Ciência e Tecnologia Thomas Philbeck, do World Economic Forum, que disseminou o conceito quando publicou, em janeiro de 2016, o relatório “The Future Jobs”, considerado um divisor de águas sobre a importância de se repensar o conhecimento e habilidades para a sociedade do século XXI. Os dados apresentados ressaltam o processo de automação do trabalho e da importância do setor educacional assumir o desenvolvimento de novas habilidades, não específicas a determinadas áreas do conhecimento, mas que valorizem a inteligência humana, na resolução de problemas complexos, a criatividade, o trabalho em equipe e a comunicação. Philbeck deixou claro a necessidade de promover o redesenho de novos espaços que orientem o conhecimento, em seu sentido mais amplo de futuro, inclusive pela criação ou redesenho de currículos, que passam a ser concebidos e construídos para impulsionar demandas que preparem as pessoas tanto para empregos emergentes, como realidades econômicas e sociais. O relatório do McKinsey Global Institute, com seus dados alarmantes, mostra que os robôs poderiam substituir 800 milhões de empregos até 2030 significando que é preciso promover uma "revolução de habilidades" para   abrir uma série de novas oportunidades. Ponto de destaque foi a apresentação de práticas exitosas de instituições brasileiras e americanas. No Brasil, o Centro Universitário Celso Lisboa, que, com ousadia, criatividade, trabalho em equipe e o redesenho de espaços de aprendizagem, tem estruturado uma metodologia voltada ao desenvolvimento de habilidades e competências, permitindo aos estudantes uma fluência digital e empreendedora, que ultrapassam o currículo tradicional e o conhecimento. Isso tudo, conseguindo alinhar os processos regulatórios do MEC. Um dos grandes diferenciais do futuro são as economias baseadas em conhecimento, enraizadas na ciência e na tecnologia, interdependentes globalmente e motivadas pela inovação. Além disso, uma economia vibrante e inovadora depende muito do conhecimento e das habilidades da força de trabalho, impulsionada ainda no Brasil pelo setor universitário, responsável pela formação desse mindset nessa nova geração de egressos. Países de todo o mundo estão começando a acompanhar essas tendências e reformulando seus sistemas de ensino para concentrar ações no fortalecimento dessas capacidades, que são entregues no formato de novas experiências de aprendizagem, como a resolução de problemas reais, como uma importante estratégia de criar essa cultura de realizações práticas a partir da vivência universitária. Essa nova perspectiva é uma alavanca importante para colocar a Universidade em um novo patamar, em que os projetos de vida, carreira e empregabilidade, passam a ser centrais no processo de engajamento e permanência desses estudantes. Diferentemente de uma educação de formação para o trabalho, essa perspectiva está voltada ao desenvolvimento eficaz de habilidades, conhecimento e capacidade de inovar, que impactam na força de trabalho e inclusão social. Foi o que mais chamou a atenção na apresentação da Stefani Lindquist, vice-reitora da Universidade do Arizona. Ela ainda apresentou desafios e oportunidades como: conexão do ensino superior com o mundo do trabalho, currículo dirigido por problemas, análises preditivas, eficiência de escalas e permanência dos estudantes na universidade. Liz McMillen, editora do Chronicle of higher education, destacou a importância da revisão nos modelos de educação para atender as demandas tecnológicas e do futuro do trabalho, incluindo a preparação para a proficiência plena de habilidades como coordenação com os outros, gestão de pessoas, criatividade, resolução de problemas complexos, fundamentais para viver com autonomia no atual e permanente cenário de transformações e mudanças.
Para ela, novos modelos como as certificações, serviços de carreira e aconselhamento e modelos mais abertos de formação, se tornam tendências importantes que devem ser observadas por todo o segmento educacional. Apresar das competentes mensagens passadas pelos 13 painelistas do evento, são muitas as barreiras e desafios a vencer na educação brasileira, do Fundamental ao Superior, evitando-se o descompasso entre as universidades e o mundo do trabalho que é real e é enorme. O FNESP deixou muita reflexão a exercitar, alguns questionamentos que precisam de esforços conjuntos comuns como reorganizar o desenho das instituições de ensino, que ainda são extremamente hierárquicas, enraizadas em modelos mentais regulatórios, conteudistas e curriculares, pouco criativos e inovadores. As palestras inspiraram e motivaram o planejamento de ações mais concretas, para os desafios reais da educação superior. Precisamos ir além do óbvio na oferta de novos cursos, do mercado de captação e permanência dos estudantes. Desenvolver uma inteligência estratégica e colaborativa para inovar, atuar e transformar o cenário instável e de profundas transformações no Brasil é urgente e deve fazer parte da pauta da educação superior. Pensar no futuro do trabalho é muito mais do que a geração de empregos. É necessário consolidar diretrizes para o desenvolvimento sustentável, cidadania, compartilhamento de informações e inclusão social. Daí a importância de que Governos, empresas, estudantes, sociedade, instituições educacionais, professores e estudiosos precisarem estar unidos para acompanhar as inovações que mais cedo ou mais tarde estarão acontecendo.  

Precisamos de uma educação que prepare os estudantes para o futuro

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Membro do Conselho da Mind Lab e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP – Ribeirão Preto

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A universidade como a conhecemos vai acabar (e isso é uma boa notícia)

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Professor titular aposentado, é ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa); foi presidente do Inep, secretário-executivo do Ministério da Educação e vice-presidente do Conselho do Pisa

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Equilíbrio e segurança: STF traz clareza quanto ao intervalo dos professores

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Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

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Censo da Educação Superior

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